segunda-feira, 16 de maio de 2011

AUTOESTIMA POSITIVA OU AUTO-INDULGÊNCIA?

Imagem: edmort.wordpress.com

De vez em quando autores e pregadores cristãos dizem que é preciso ignorar críticas, avaliações, opiniões alheias sobre nós, por serem estas devastadoras, produzindo frustração, decepção, ou, por outro lado, raiva e ressentimento. Dizem eles que preferem voltar-se para Deus, porque, aí sim, terão um tratamento melhor, uma avaliação mais justa.

O problema é que, invariavelmente, o que esses autores querem dizer é que, enquanto as críticas, avaliações, opiniões alheias são ruins e destrutivas, a de Deus será sempre boa e lisonjeira. Em outras palavras, Deus sempre produziria em nós uma autoestima positiva, enquanto que os nossos semelhantes críticos sempre produziriam uma autoestima negativa. Será?


Na verdade, essa gente está é exercendo auto-indulgência ou auto-complacência, que parece ser inata no ser humano. Desde crianças aprendemos a escamotear nossos malfeitos e alardear os dos outros. Mentimos sobre nossas transgressões e recusamo-nos a admitir nossos erros e defeitos. Mesmo quando desmacarados, negamos cinicamente nossas falhas. Argumentamos durante horas, às vezes dias e meses, a fim de provar que não fizemos ou não somos aquilo que todo mundo viu que fizemos ou somos. Às vezes levamos uma vida inteira para descobrir que é mais fácil dizer: “Eu errei.”

Creio que a maneira mais adequada de saber o que Deus pensa de mim é lendo a sua Palavra. Leio a Bíblia todos os dias, no mínimo três capítulos, e cada vez mais percebo que definitivamente o Senhor não pode ter uma opinião lisonjeira sobre mim. Pelo contrário, o que vejo é que meus semelhantes até têm uma opinião melhor a meu respeito. Para não me estender muito usarei como exemplo apenas uma pequena (grande) parte da Bíblia, o Sermão do Monte.

Ao longo dos anos de leitura, estudo e pregação dessa passagem, a expressão de Jesus “Eu, porém, vos digo” passou a ter um sentido especial para mim: apesar de eu amar o meu próximo ou ser capaz de resistir com paciência à oposição, isso ainda é muito pouco em relação ao que ele quer de mim; apesar de eu manter um alto padrão de pureza corporal e mental, isto também ainda é muito pouco em comparação ao que ele espera de mim; e assim por diante. Em outras palavras, Jesus está me dizendo: Seja qual for a avaliação que alguém ou você mesmo fizer de você, a minha será ainda mais exigente. Quando me volto para Deus, não consigo ser indulgente comigo mesmo, pelo contrário arrepio-me e tremo.

Nesse sentido identifico-me com Paulo, que dizia ser o pior dos pecadores (I Tm.1.15), e que ensinava que o homem em Cristo não deve pensar acerca de si mesmo mais do que convém, fazendo-o com equilíbrio (Rm.12.3). Com Paulo aprendi que não preciso da lisonja de Deus, aliás nem posso reivindicá-la. O que eu preciso é da sua graça, que me é amplamente suficiente. Preciso abandonar qualquer pretensão de ser capaz em algum sentido, preciso enxergar-me no espelho (Tg.1.23) e ver-me vestido de trapos de imundícia (Is.64.6), para então, completamente vazio de mim mesmo, receber a plenitude dessa graça, pois ela somente se aperfeiçoa na fraqueza (II Co.12.7-10).

Quanto aos demais, a Bíblia ensina: “Cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Fp.2.3). E também: “Não sejais sábios aos vossos próprios olhos.” (Rm.12.16). Aliás, tenho crescido muito ao dar atenção às críticas e exortações daqueles que me amam, e até mesmo dos que não me têm apreço nenhum. Elas têm-me ajudado a consertar o rumo da minha vida.

Portanto, a mente cristã não pensa em termos de autoestima, alta ou baixa, mas em termos de absoluta necessidade, de desesperante impotência, em face da graça que salva, restaura e cura. Como diz Paulo (I Co.15.10) , pela graça de Deus somos o que somos. E também o que seremos. E não mais o que éramos. E ponto final.

Sylvio Macri

Fonte: PRAZER DA PALAVRA

6 comentários:

lenilsen nascimento disse...

Quando Deus nos corrige, Ele o faz por amor, mas com severidade. Na bíblia há os exemplos que foram citados e muitos outros, como:
"Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7:5

"Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.
Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos." (Hebreus 12...)
Porque...
"Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo." Hebreus 10:31

Então, vou por esta citação que gosto muito:
"Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem."

Que possamos deixar ser corrigidos pelo Espírito Santo que tem, entre outras, esta função na trindade. Afinal, pelo Espírito reconhecemos Jesus como salvador, somos consolados, exortados, animados...
Graça e paz!

Unknown disse...

Somos crentes de uma palavra vazia e matadora,aliás, temos uma palavra das letras que matam.Mata o sentido alegórico,mata o sentido espiritual.Jesus não se cansou de dizer que,a letra e a velha ordoxia da palavra dos fariseus era matadora...Pois Ela não possuía vida,e era uma palavra sem poder,sem autoridade,sem piedade e sem amor pelos mais fracos. Assim Jesus Cristo escandalizava os materialista, egoista e excentricos fariseus. Os mesmos fariseus do tempo de Jesus Cristo,hoje em dia dirigem as nossas maiores Igrejas do Brasil e do mundo. Como podemos esperar alguma mudança e bom testemunho neles...? A verdadeira Igreja de Cristo foi expulsa dos grandes salões das ricas Igrejas de Hoje em dia.È a Igreja do ricos e vencedores em bens materiais que manda,que dita normas e mata os pobres. Enquanto isso, a Igreja do pobre Lázaro foi expulsa dos grandes salões e dos encontros domingueiros. Os grandes donos das Igrejas que são os grandes fariseus de dias atuais,expulsaram os Lázaros e os excluídos.Precisamos fazer uma Escola Dominical para eles e com eles, é uma grande dívida social de fé,e temos uma grande dívida social para com eles.Precisamos voltar aos velhos tempos de S.Francisco,de de Paulo e de João Calvino e outros bons crentes.Pensemos nisso. Chega de se enganar, vamos ouvir a voz profética da verdadeira palavra.

Igor Nascimento disse...

Irmão Alfonso,

Muito obrigado por seu pertinente comentário.
Realmente é um grande desafio abraçar, acolher e empreender esforços por aqueles a quem Jesus dedicou mais tempo e ensino.
Entretanto, faço o contraponto de que em nossa realidade aqui na Baixada Fluminense/RJ é pequena a quantidade de igrejas que privilegiam ricos, pois esses são poucos.
Na igreja em que me congrego a Palavra de Deus tem sido pregada integralmente a todos: o grande Amor de Deus revelado em Cristo e a necessidade de arrependimento por parte de qualquer ser humano, seja homem ou mulher, jovem ou idoso, rico ou pobre... - permita-me esse leigo resumo.
É verdade que precisamos evangelizar mais, tendo um olhar especial para com os carentes e necessitados dos bens básicos que nos trazem dignidade, mas posso lhe garantir que não existe ensino de acepção de pessoas, evangelho materialista e falsas promessas de sucesso através de barganhosas ofertas.

Abraços e
comente sempre que desejar.

Unknown disse...

Olá irmão Igor e coloboradores da fé!
Obrigado pela mensagem positiva e de fé.Fiz uma crítica abaixo pensando no sentido geral de nossa amada Igreja presbiteriana,nada pessoal a ninguém, isto é, não quiz ofendender a ninguém em seu sentido pessoal.Mas creio que as vezes Deus nos manda um puxão de orelha,istoé, ele nos dá um "bom puxão de orelhas" em seu sentido profético em dias atuais.Assim amados irmãos da Igreja Presbiteriana de Japeri fiquem todos na Paz de nosso Senhor Jesus Cristo.E assim peço as vossas orações em meu favor e em meu minsitério. Abraços

Unknown disse...

EU E O PAI SOMOS UM NA ADMINISTRAÇÃO CELESTIAL...
É como se diz no ditado popular: Temos na política brasileira homens e mulheres políticos que gostam de fazer tempestade em copo de água.

Mas parece-ME que para muitos políticos brasileiros é isso mesmo que acontece: Temos muitos dos nossos políticos de Brasília que para governar fazem tempestade em copo d'Água.Quer dizer: Não conseguem se alinhar a nada, não se adaptam a partido nenhum, e alguns dos nossos políticos não pertencem a nenhuma sigla de partido, sempre são oposição ao governo.Gostam de fazer oposição e inventar problemas e confusões do "Nada" em se tratando de governar um país imenso, e tão cheio na diversidade de raças,de opiniões e de pensamento como é composto o nosso "Brasilsão". Brasília nossa capital é uma grande rede de intrigas e de divisões na hora de se governar para o bem do povo brasileiro.É difícil achar um consenso na votação das leis para o bem e da cidadania. Agora neste momento em Brasília os nossos deputadores e senadores estão tentando votar as leis do código florestal brasileiro. São leis que irão tratar das florestas, da ecologia, as leis do meio ambientes, a lei das reservas florestais das APP etc. Temos assistido pela TVs. que os nossos políticos deputados e senadores e governos em geral brigam e fazem tempestade em um copo d'Água. Isto porque atrás destas leis tem os interesses que não são divulgados pela nossa imprensa. Daí surge a corrupção e as chamadas "maracutaias" provocada pelos nossos políticos chamados de; "políticos de carreira". Que na hora de votar querem saber primeiro o quanto irão ganhar de comissão...? Daí, as nossas leis e pautas de votação travam, não andam e não avançam de jeito nenhum. Isto porque impera a corrupção dentro destes órgãos governamentais. O nosso governo ou o nosso "reino brasileiro" está dividido e não se ajunta UM na administração pública em torno de uma sigla forte de partido para defender as leis a favor de nosso povo brasileiro.
Por isso Cristo nos disse que em seu governo: O Pai, O Filho e o Espírito Santo e os vinte quatro anciões Senadores são UM em governar a terra, o céu e o seu imenso Universo.
Alfonso Czaplinski

Unknown disse...

IGREJAS ANALFABETAS NO PRIMEIRO SÉCULO DA ERA CRISTÃ

João apóstolo que também é o possível escritor da carta enigmática do livro no apocalipse. E em todas as suas cartas ele dá uma grande enfase à escrita. Dentre os doze apóstolos ele e o apóstolo Paulo foram os homens que mais nos escreveram, sobre a vida, sobre a morte e várias orientações para a Igreja dos tempos antigos. E os seus escritos e cartas nos servem como referencial para a Igreja de todos os tempos. O apóstolo menciona a palavra "escrever" de pelo menos umas vinte vezes, daí o grande valor de se escrever, e de se "alfabetizar" em sua primeira carta .

Ora a Igreja do tempo dos apóstolos era uma Igreja composta em sua maioria de irmãos analfabetos de grafia e de todos os tipos de "analfabetismo". Assim nos apontam as pesquisas sobre a alfabetização da educação nestes tempos antigos e tempos históricos.Citamos apenas para exemplificar; Uma Igreja que era composta de uma membresia de cem fiéis, destes cem fiéis noventa e oito eram pessoas "analfabetas". Apenas para comparar sobre o analfabetismo moderno:Pois hoje em dia os nossos burocratas, políticos e educadores dos órgãos do MEC no Brasil consideram uma pessoa alfabetizada, quem apenas sabe escrever o seu nome.Ora mas essa pessoa não precisa saber mais? fazer contas de matemática e nem escrever um texto mais longo ou escrever uma carta? Sim claro que sim. Mas os nossos professores e educadores julgam, e teimam em dizer em suas pesquisas que essas pessoas são alfabetizadas, mesmo portando todas essas deficiências. Ora mesmo assim hoje em dia nos dias da informática, em se falando em termos de "Brasil alfabetizado" temos regiões do Norte do Brasil e do Nordeste onde a taxa de analfabetos chega a níveis maiores, chega a 28% a 30% por cento da população Nacional. Ora se fizermos uma apuração melhor nessas pessoas que são tidas como alfabetizadas, que sabem apenas escrever o seu nome e fazer contas e escrever um texto de português ou uma carta mais longa, então a taxa sobe em aproximadamente para níveis de 60% ou 70% por cento da população brasileira. Como podemos ver os níveis de analfabetos de todos os tipos são muito altos em nosso Brasilsão. Agora imaginemos por instantes, como seria a Igreja dos primeiros séculos da era cristã. As taxas são altas e alarmantes em se falando das Igrejas do primeiro século. Daí podemos entender melhor porque Jesus Cristo condenou tantas e tantas vezes os escribas e os fariseus que interpretavam e torciam os textos sagrados, e os ensinos das leis de Moisés e dos profetas. Ninguém podia contestá-los, pois a maioria das pessoas e dos seus fiéis e "beatos da fé" eram pessoas analfabetas, sem cultura e não tinham acesso aos livros sagrados que eram trancados a "sete chaves" e ficavam longe das pessoas comuns do povo.

Dai o apóstolo escreve às Igrejas falando no livro do seu apocalipse e que diz assim:
Bem-aventurados são aqueles que Lêem estas palavras...
Bem-aventurados são aqueles escutam estas palavras da profecia... etc.
Bem-aventurados são aqueles que guardam em sua memória as palavras desta profecia...
Bem-aventurados são aqueles que ensinam e aqueles que educam os outros com estas palavras da profecia, e com as palavras destes mandamentos. (Ap.1:2-5)
Alfonso Czaplinski